Contrariando o senso comum, que é altamente influenciado pela mídia, mulheres NÃO são as maiores vítimas nos casos de assassinato dentro de relacionamento íntimo.
Segundo os dados do Atlas da Violência do IPEA, a cada cinco vítimas de assassinato por parceiro(o) íntimo(a), três são homens.
Deixarei os links de cada referência de dados oficiais ao final do artigo.
Isso ocorre devido a forma com que os dados são apresentados e também a estratégia de cherry-pick (escolher a dedo), selecionando os dados que serão mostrados. É impossível negar que existe uma agenda feminista de uma ala mais canhota que controla quase toda grande mídia, que impõe uma narrativa que demoniza homens e tenta colocar as mulheres contra os homens, visto elas serem mais da metade da população do país atualmente.
Então vamos entender como o modo com que se apresenta a informação é manipulado:
Afim de não mostrar números gerais, onde ficaria fácil de ver qual número é maior que outro, a mídia e as narrativas mostram porcentagens. Daí comparam a porcentagem de mulheres que sofrem homicídio por seu parceiro íntimo em relação ao número geral de homicídios que mulheres são vitimadas e comparam com a porcentagem de homens que sofrem homicídios por suas parceiras íntimas em relação ao número geral de homens que sofrem homicídio.
Aí está a pegadinha, pois é de domínio público o fato de que homens morrem muitíssimo mais do que mulheres, porém, em uma matéria o IPEA divulga que 40% dos assassinatos de mulheres são perpetrados por seu parceiro, enquanto no caso dos homens, de todas os assassinatos que homens sofrem, apenas 6% são causados por suas parceiras, aí está feita a narrativa, pois feministas e mídia começam a divulgar amplamente que de todos casos de violência fatal contra mulheres, 40% são feminicídios (termo que não deveria existir), enquanto mulheres que matam seu parceiro representam somente 6% dos assassinatos de homens, daí, é feita a comparação desses 40% com os 6% e concluem que mulheres ainda sofrem muito em nossa sociedade, que é abissal o tanto a mais de violência contra mulher em relação ao tanto que mulheres são violentas com homens. Com essas porcentagens e conclusão em mão, vão atras de politicas públicas, ganham recursos, aprovam leis e influenciam toda uma nova geração de mulheres a detestarem homens.
Apesar das porcentagens estarem corretas (vamos dar esse voto de confiança ao IPEA), se apresentadas sozinhas, elas camuflam a verdade, para deixar isso claro, te faço uma pergunta, você prefere ganhar:
• OPÇÃO 01: 6% de R$ 42.527,00;
• OPÇÃO 02: 40% de R$ 3.806,00.
Analisando, 6% de R$ 42.527,00 são R$ 2.552,00. Já 40% de R$ 3.806,00 são apenas R$ 1.522,00. Logo, se a intenção é ganhar o MAIOR valor em dinheiro, o mais acertado seria escolher a OPÇÃO 01.
Agora, se eu pedisse para as pessoas escolherem entre ganhar 40% ou 6%, sem especificar o montante total de ondem vem essas porcentagens, é provável que eu induzisse muitos a escolherem a OPÇÃO 02 e acabarem recebendo o menor valor.
Bom, esses valores em dinheiro para o exemplo não foram escolhidos aleatoriamente, veja:
Em 2022 (que é o último ano que o IPEA tem esse registro de dados divulgado até a elaboração desta matéria) o número total de mortes de homens foi de 42.527 homicídios, já o número total de mulheres mortas neste mesmo ano foi de 3.806 homicídios, uma diferença gritante.
Segundo o próprio IPEA, 6% desses 42.527 homicídios sofridos por homens são perpetrados por suas parceiras, o que nos deixa com um cenário de 2.552 homens mortos por mulheres, já o cenário de mulheres que foram mortas por seus parceiros é 40% de 3.806, que nos dá um total de 1.522 mulheres mortas por homens. Basta pensar, 2.552 é muito maior que 1.522, logo, quem mata mais? Quem sofre mais com violência doméstica?
Os dados, retirados do Atlas da Violência do IPEA, abrangem cinco anos, de 2018 até 2022. O gráfico demonstra, em números totais, que não houve nenhum ano em que mulheres não tenham sido mais violentas com seus parceiros, do que o contrário. Para construção do mesmo, leva-se em consideração as duas tabelinhas acima do gráfico, que mostram o ano, o total de mortes daquele gênero no tal ano, segundo o IPEA, e o número dessas mortes que foram causados por parceiro(a) íntimo(a), resultante da porcentagem vinda da matéria do IPEA (homens 6%, mulheres 40%).
A cada 5 vítimas de assassinato por parceiro(a) íntimo(a), 3 são homens:
A análise desses números nos mostra que em todos os anos do período verificado, a porcentagem de mulheres que matam seu parceiro fica sempre ligeiramente acima dos 60% em relação ao número total de vítimas desse tipo de situação, onde o parceiro(a) íntimo(a) é o agressor. Logo, se trouxermos essa porcentagem para uma base 5, temos essa surpreendente constatação, de que a cada 5 vítimas de assassinato por parceiro(a) íntimo(a), 3 são homens.
Referências:
Mulheres: Ipea - Atlas da Violencia v.2.8 - Mapa
Homens: Ipea - Atlas da Violencia v.2.8 - Mapa
Artigo das porcentagens: Ipea
Jeferson Santos | 05/02/2025 10:50
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